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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Quem é Eve Ensler?




Nasceu em 25 de maio de 1953 em Scarsale, no estado de Nova York (EUA). Feminista, escritora e artista, Eve Ensler é uma das personalidades mais importantes do mundo do teatro e tem uma longa militância como uma ativista pelos direitos das mulheres. Sua obra mais importante, Os Monólogos da Vagina (premiado em 1997, o prestigiado prêmio Obie), foi traduzido para 48 idiomas e trouxe para o palco com grande sucesso em 120 países na Broadway (de estrelas como Susan Sarandon, Glenn Close, Melanie Griffith e Winona Ryder), Londres (Kate Winslet e Cate Blanchett), na Itália (entre outros por Lella Costa, Lucia potties, Lucrezia Lante della Rovere, Cenci Athina). A partir desse ato nasceu o movimento V-Day, movimento ativista global para acabar com a violência contra mulheres e meninas.
Ela se formou em Middlebury College, no ano de 1975, com uma tese sobre o suicídio na poesia contemporânea, foi uma forma de superar o trauma sofrido aos 10 anos por causa de abuso sexual e físico por parte de seu pai.

Casou-se em 1978 com Richard McDermott, de quem se divorciou em 1988. Mãe adotiva do ator Dylan McDermott, que ela adotou quando ele tinha 15 anos e ela tinha 23 anos. Bissexual declarada, Eve vive atualmente com seu parceiro Ariel Orr Jordan, que é também o seu psicoterapeuta em Nova York, onde ensina escrita dramática na Universidade de Nova York.
Em todas as suas obras, o autor oferece espaços valorizados e incomuns de maturidade e crescimento para a consciência feminina. Além disso, Ensler, em sua tentativa de levar as mulheres para uma nova descoberta de si mesmas, também se destina a orientar os homens para o respeito pelas mulheres.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Os Monólogos da Vagina



Os Monólogos da Vagina é um espetáculo teatral escrito pela autora norte-americana Eve Ensler. A produção já recebeu diversas adaptações para outros países, e uma versão para televisão com a presença de Ensler já foi produzida pela rede HBO.
A peça já foi traduzida em 15 idiomas, venceu o Obie Award em 1997, tornando-se um esmagador sucesso nos EUA. Ela propõe que as mulheres devem falar a respeito de suas vaginas e nos instiga a fazer uma reflexão  sobre a relação da mulher com sua própria sexualidade. Tornou-se uma bandeira da causa contra a violência exercida sobre as mulheres - inspirando um evento propositadamente criado para o efeito denominado "V-Day".

A peça foi levada para o Brasil em 2000 pelo ator e produtor Cássio Reis e tendo sido adaptada e dirigida por Miguel Falabella. No elenco de estréia estão presentes Zezé Polessa e Cláudia Rodrigues. Como na versão norte-americana, várias atrizes renomadas já passaram por seu elenco, como Totia Meirelles, Cissa Guimarães, Lúcia Veríssimo, Bia Nunnes, Betina Vianny, Cacau Melo, Tânia Alves e Mara Manzan. Atualmente, o elenco é formado por  Elizangela, Fafy Siqueira e Vera Setta.

O desejo de escrever Monólogos da vagina surgiu em 1996, quando Ensler ouviu o desabafo de uma feminista na menopausa. “Ela falava sobre sua vagina de uma forma tão desrespeitosa que fiquei chocada”.

Eve resolveu entrevistar mulheres de diferentes países, idades e culturas, cerca de 200 mulheres. Não houve país em que as mulheres falassem que gostam de seu corpo, aceitam o seu corpo, que se sentem bem com ele. Na verdade elas queriam sair dele, se distanciar, se mutilar, expeli-lo pela Bulimia ou definhá-lo pela Anorexia. Fazer um lifting ou uma lipoaspiração é quase como se livrar de um lixo que as mulheres pensam poluí-las. As mulheres foram condicionadas a ver sua sexualidade como suja. Ter desejos é ser mais feia”, analisa Ensler. E ela conduz isso de uma forma bem humorada e com um alto teor de crítica e de reflexão.

Filme - Os Monólogos da Vagina

Os Monólogos da Vagina foi criado e interpretado por Eve Ensler, que debutou no off Broadway em 1996. Este controverso trabalho iniciou rapidamente uma onda nacional de boas críticas e continuou a percorrer a América do Norte e todo o mundo. O show foi chamado "um fenômeno real e verdadeiro" pelo The New York Times. "Um trabalho de arte com um texto inteligente" disse o Variety. "Simplesmente espetacular. Nota ‘A’" disse a Entertainment Weekly. Agora, a intimidade do show original de Eve Ensler foi magnificamente trazida para a tela. Os Monólogos da Vagina captura a performance única de Eve Ensler e viaja para além dos palcos à medida que ela explora o ímpeto criativo por trás dos monólogos, e conduz uma série de novas e reveladoras entrevistas tão inspiradoras como aquelas que motivaram o trabalho original.

Livro - Os Monólogos da Vagina

Lendo este livro, garante a autora, Eve Ensler, ativista e dramaturga premiada, jamais tornaremos a ver o corpo feminino com os mesmos olhos.

É um livro profundamente inovador e que dá voz a um coro de histórias extravagantes, comoventes, luxuriosas e integramente humanas. Traz à tona um mundo tachado de vergonhoso, sujo e demoníaco: o corpo da mulher, o prazer da mulher e seu poder de escolha sejam em se tocar ou decidir sobre quem o tocará. Segundo Eve, sua preocupação com a questão da vagina e com o que as mulheres pensam a respeito dela foi o mote para realização de entrevistas com mulheres de diferentes idades, profissões e nacionalidades. Através da pesquisa relata um pouco daquilo pelo qual muitas já passamos (ou tememos passar), mas não temos coragem de verbalizar, dá vazão àquilo que nunca ninguém nos perguntou, numa tentativa de desmitificar a vagina, o prazer da mulher e a sua liberdade.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

1ª Edição em São Paulo


Movimento Ativista Global

O “Um bilhão que se ergue” (One billion rising) ou V-Day, é um movimento ativista global, realizado anualmente no dia 14 de fevereiro, para acabar com a violência contra mulheres e meninas, inspirado pela autora, dramaturga e ativista Eve Ensler, que relata ter sido fisicamente e sexualmente abusada por seu pai quando era uma criança.

Terá sua primeira edição em São Paulo, sábado, dia 16/02/2013 no Museu de Arte de São Paulo (MASP). A data oficial foi mudada devido a atividades realizadas durante a semana (trabalho, escola, etc) que impossibilitam alguns cidadãos de comparecer ao evento.

O movimento teve inicio em 1998 quando uma instituição de caridade sem fins lucrativos, "V-Day", foi constituída com o objetivo de usar apresentações da peça “Os monólogos da vagina” para arrecadar dinheiro para beneficiar mulheres vítimas de violência e abuso sexual.

Uma pesquisa aponta que, no mundo há 07 bilhões de pessoas, sendo que metade são mulheres.
Uma em cada três mulheres no planeta vai ser estuprada ou espancada em sua vida, ou seja, um bilhão de mulheres.
Um bilhão de mulheres violadas é uma atrocidade.
Um bilhão de mulheres dançando é uma revolução.

Um bilhão que se ergue é:
Um ataque global
Um convite para uma dança revolucionária
Uma chamada para homens e mulheres que se recusam a participar da cultura de estupro
Um ato de solidariedade, demonstrando a indignação e a força das mulheres de todo o mundo
A recusa em aceitar a violência contra mulheres e meninas
É o nascimento de um novo tempo, uma nova forma de pensar e ser.